No início do ano 2004, fiz a leitura do livro “Picos: Os Verdes Anos Cinqüenta”, de autoria do economista, professor e escritor, membro da Academia de Letras da Região de Picos-ALERP, Renato Duarte. Na época, ao tomar conhecimento do livro, o título chamou-me a atenção, peguei-o de empréstimo ao contabilista José Libório Leal, para a leitura. Fascinante. No dia 24 de dezembro de 2024, apreciando os títulos de livros na livraria Jenipapo, no Piauí Shopping Center, em Picos, deparei-me com um exemplar a venda do livro “Picos: Os Verdes Anos Cinqüenta”, (2ª edição, Revisada e Ampliada, Recife: 1995 – Gráfica e Editora Nordeste, 218 páginas), logo fiz a aquisição.

Passados alguns meses da compra, em 17 de julho de 2025, começo a fazer (ou refazer) a leitura do livro supracitado e, entre outros labores, terminei por folhear a última página em 26 de julho de 2025. Maravilhado. O livro traz uma grande contribuição para a preservação da memória e faz um resgate da vivência, cultura e da história de uma Picos de meados dos anos cinquenta. A obra é um documento que tem como pano de fundo o estudo da comunidade, uma espécie de marco histórico e cultural da cidade. 

Os capítulos, “O Cenário; A Praça; O Dia-a-Dia; Festas e Folguedos; Acontecimentos Marcantes; Personalidades Singulares; Cultura e Criatividade e Brincadeiras Infantis” presentes no livro é uma vitrine cultural, aborda em seus escritos uma envolvente e contagiante nostalgia. Avivamento de lembranças, saudades. Os registros mostram os aspectos da vivência na época e tem como objetivo a finalidade da documentação. Como frisa o autor, o livro “pretende constituir-se em uma espécie de álbum de fotografia de uma época, em uma tentativa de reconstituição da vida em Picos no limiar dos anos 50... perpetuação da memória de uma curta, porém rica, fase da história de Picos”. Antes dos capítulos mencionados do livro, vem a Apresentação, feita por Sebastião Vila Nova e o Prefácio, por José Gaudêncio Lopes, em que ambos, com maestria, informam ao leitor da riqueza histórica e cultural que vem adiante. O último capítulo é reservado ao Posfácio, onde o autor adverte e explica com brilhantismo o conveniente da rica obra. 

“Picos: Os Verdes Anos Cinqüenta”, aos meus olhos é um best-seller, aliás, é de fato. Documento riquíssimo do estudo da comunidade de Picos. Patrimônio de valor imensurável dos picoenses. 

Tempo, matéria prima da memória. O Modus vivendi da retorica do silêncio do hoje, é um meticuloso e original ensaio que contará a nossa história do amanhã. Acompanhe cada passo. E siga.       

Josselmo Batista Neres é membro da Academia de Letras da Região de Picos – ALERP.

Picos, sábado, 26/07/2025